Cooperativas e sustentáveis, as vilas comunitárias criadas na Dinamarca nos anos 70 vão ganhar uma versão brasileira. As cohousings, como são conhecidas, são comuns na Europa, nos Estados Unidos e no Canadá. A grande ideia desses condomínios é que as casas ou apartamentos são reduzidos e existem mais áreas de convívio de todos, minimizando os custos e principalmente, os impactos ambientais que grandes construções geram.
Cada família tem seu espaço privativo, porém, vários ambientes são compartilhados, como biblioteca, horta, oficina, brinquedoteca, refeitório, sala de TV e, em alguns casos, as bicicletas e os carros. Na lavanderia, existem cerca de quatro máquinas de lavar que servem para dez famílias, por exemplo.
O arquiteto paulista Rodrigo Munhoz é quem está formando um grupo em Piracicaba, SP, para criar a primeira cohousing brasileira. “Compartilhar diminui o consumo e o impacto ambiental, além de facilitar o dia a dia dos moradores, que ganham qualidade de vida, com menos necessidade de trabalho e dinheiro”, afirma Munhoz.
Confira abaixo algumas vilas que foram cases de sucesso pelo mundo:
- Selo verde: o projeto Eastern Village Cohousing, da Eco Hosing Corporation, em Silver Spring, nos Estados Unidos, foi retomado em 2004 com 54 apartamentos e recebeu o selo do Conselho de Green Building pela ótima performance ambiental. A construção conta com um telhado verde, pátio interno com jardins no lugar do antigo estacionamento e soluções de reutilização da água da chuva e as unidades são aquecidas com energia geométricas.
- Centro de educação: o The Threshold Centre organiza cursos para compartilhar o seu modo de vida cooperativo, na Inglaterra. Na sua comunidade, existem alternativas que suavizam os danos ao meio ambiente das quatorze residências e dos espaços comuns. A vila possui também placas fotovoltaicas e sistema de reaproveitamento de água da chuva para abastecer a lavanderia comunitária e hortas orgânicas.
- Versão compacta: Na Quayside Village, em Vancouver, no Canadá, mil m² possuem dezenove apartamentos, um salão de encontros e uma área comercial. Nela, os moradores aproveitam as trocas e facilidades de morar numa comunidade de forma sustentável, onde se reutiliza os materiais das construções originais do terreno e a água da chuva, sem perder o que a metrópole tem a oferecer.