A resposta a “como ser um bom vendedor de calçados” parece fácil. Mas não é. O mais fácil, talvez, seja identificar qual é o vendedor que não agrada: o vendedor pegajoso, que fica em cima, que quer vender algo que você não pediu seja porque não se encaixa no seu gosto ou no seu bolso, incomoda um pouco, certo?
Mauro Silva, publicitário de uma agência do interior paulista, concorda com essa definição. “Não gosto de vendedores que te empurrando milhões de sapatos ou te olham meio desconfiados achando que eu não vou comprar”. O engenheiro químico Beto Xavier compartilha outra ideia de vendedor ruim. “É aquele que oferece um atendimento de acordo com a sua aparência. Se você está com uma roupa de grife, o cara te estende o tapete. Agora, se você chegou na loja com roupa e cara depois de um longo dia de trabalho, o vendedor, se fosse possível, puxava-lhe o tapete”.
Diante dessa introdução, o bom vendedor seria então aquele que é atencioso, que procura atender as expectativas do cliente? Vejamos…
Um das primeiras técnicas de atendimento é dar atenção, mas sem exagero. Ficar colado no cliente pode passar a sensação de que se quer apenas vender. “Observar discretamente o estilo do cliente logo que ele entra na loja me ajuda a entender o que oferecer”, dar a dica Márcia Caetano, vendedora de calçados de uma loja de calçados femininos de São Paulo.
Um vendedor de calçados que traz dúzias de sapatos quando a cliente pede um, oferece opções. Um vendedor que além das dúzias, trás um café para a cliente e uma revista para o marido que esperava, encanta! “Acho legal quando peço algo e não encontram o meu número, mas que procuram trazer outros parecidos. Existem muitos vendedores que falam que não tem e pronto, não querem ter trabalho de procurar”, opina Carla Silva, operadora de caixa de supermercado.
E por falar em encantar, vender sapatos é como vender sonhos, como nos contos de fadas em que príncipes procuram pés de sapatos perdidos.