Amsterdam – Há cidades que não se enquadram em um modelo turístico convencional. São lugares onde as atrações parecem muito maiores do que seu tamanho real, embora não existam grandes monumentos, em que a paisagem tem pormenores que os olhos demoram a perceber e onde em cada esquina, ponte ou viela há alguma preciosidade a ser descoberta. Se existe uma capital europeia plena dessas características é Amsterdam.
Este símbolo contemporâneo da Europa do Norte não cabe em um daqueles manuais que pregam ‘os 30 melhores lugares a se visitar’ ou ‘como passar 48 horas em Amsterdam gastando quase nada’.
Amsterdam não admite padrões, melhor dizendo, é a confluência de todos os padrões e mais algumas seduções que nenhum outro destino possui. Amsterdam é o mundo e, ao mesmo tempo, tem personalidade única.
Terra de liberdade e contestação, a cidade, além do mais, ocupa um posto de vanguarda no desenho social dos principais centros europeus.
Amsterdam: dinamismo econômico e geográfico
Foi berço de importantes movimentos de transformação da sociedade no continente e mantém um traço que tem conexão direta com sua geografia: a dinâmica de um comércio aberto e inovador, que pautou a formação de várias gerações nos Países Baixos.
Tanto quanto suas marcas geográficas, muito do que Amsterdam é hoje tem ligação com o fato de a cidade, embora oficialmente seja a capital holandesa, não ter sido nunca sede do governo ou da monarquia, o que reforça suas convicções de liberdade e independência em relação a um sistema controlador oficial.
Grande parte do dinamismo e originalidade geográfica vem da construção do bairro dos canais, a chamada cidade-porto, há mais de quatro séculos. A partir de sete canais principais formados pelo rio Amstel, foram construídos canais perpendiculares em uma área de 14 quilômetros de leito artificial de rio com 160 hectares, dando forma ao Distrito dos Canais, declarado Patrimônio da Humanidade em 2010 e formado por um total de 80 pontes.
Amsterdam foi a cidade inspiradora para a coleção Inverno 2018 da Freeway