Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais: Dando continuidade à celebração dos 100 anos do cinema de animação no Brasil, comemorados em 2017, a Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine), a Associação Brasileira de Cinema de Animação (ABCA), o Canal Brasil e a Editora Letramento se unem para publicar o livro “Animação Brasileira – 100 filmes Essenciais”.
A publicação já foi apresentada em Annecy, na França, no principal festival do mundo dedicado à técnica, e agora foi lançada durante o Anima Mundi, maior evento de animação do país, no Rio de Janeiro – o lançamento oficial ocorreu no Centro Cultural dos Correios, no dia 24 de julho, às 18h, após o Anima Forum.
“Além de aproximar a crítica da animação, estamos preenchendo com este livro uma lacuna histórica, em que várias animações importantes estão ganhando o seu primeiro texto crítico”, observa Paulo Henrique Silva, presidente da Abraccine.
Para Paulo Mendonça, diretor geral do Canal Brasil, o livro reafirma a importância da animação brasileira e sua crescente presença. “O Canal tem a responsabilidade de ser a casa do cinema brasileiro na televisão por assinatura e se orgulha de, mais uma vez, poder ser parceiro da Abraccine na produção deste livro, onde os nossos mais representativos críticos de cinema reconhecem e comentam as cem maiores animações já produzidas no país”, diz.
Ranking para a escolha dos filmes para compor Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais
Com base num ranking de filmes divulgado no final do ano passado*, o livro reúne textos sobre títulos importantes na trajetória da animação do país, escritos por 103 críticos, pesquisadores e professores de cinema. Organizada por Gabriel Carneiro e Paulo Henrique Silva, a publicação tem formato de luxo, é fartamente ilustrada e conta com cerca de 400 páginas. Apresenta também 20 artigos históricos que registram os principais movimentos e personagens da centenária história, iniciada com o curta-metragem “O Kaiser”, dirigido por Seth e lançado em fevereiro de 1917.
“Animação Brasileira” integra uma coleção que já conta com os títulos “100 Melhores Filmes Brasileiros” (2016) e “Documentário Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2017), produzida por Abraccine, Canal Brasil e Editora Letramento.
Lista dos 100 filmes incluídos no livro Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais
1. O Menino e o Mundo (2013), de Alê Abreu
2. Uma História de Amor e Fúria (2013), de Luiz Bolognesi
3. Meow! (1981), de Marcos Magalhães
4. Até que a Sbórnia nos Separe (2013), de Otto Guerra e Ennio Torresan Jr.
5. Dossiê Rê Bordosa (2008), de Cesar Cabral
6. Sinfonia Amazônica (1953), de Anélio Latini Filho
7. Guida (2014), de Rosana Urbes
8. Boi Aruá (1984), de Chico Liberato
9. Wood & Stock: Sexo, Orégano e Rock’n’Roll (2006), de Otto Guerra
10. Animando (1983), de Marcos Magalhães
11. Frankstein Punk (1986), de Cao Hamburger e Eliana Fonseca
12. As Aventuras da Turma da Mônica (1982), de Maurício de Sousa
13. Até a China (2015), de Marão
14. Cassiopéia (1996), de Clóvis Vieira
15. O Projeto do meu Pai (2016), de Rosaria
16. Torre (2017), de Nádia Mangolini
17. De janela pro cinema (1999), de Quiá Rodrigues
18. Piconzé (1973), de Ippe Nakashima
19. O Grilo Feliz (2001), de Walbercy Ribas
20. Linear (2012), de Amir Admoni
21. Castillo y el armado (2014), de Pedro Harres
22. A Garota das Telas (1988), de Cao Hamburger
23 As Aventuras do Avião Vermelho (2012), de Frederico Pinto e José Maia
24. Menina da Chuva (2010), de Rosaria
25. Almas em Chamas (2000), de Arnaldo Galvão
26. Historietas Assombradas (para crianças malcriadas) (2005), de Victor-Hugo Borges
27. As Aventuras de Virgulino (1939), de Luiz Sá
28. Macaco Feio… Macaco Bonito… (1928), de Luis Seel
29. Deus é Pai (1999), de Allan Sieber
30. Novela (1992), de Otto Guerra
31. Amassa que elas gostam (1998), de Fernando Coster
32. A Princesa e o Robô (1984), de Maurício de Sousa
33. Minhocas (2006), de Paolo Conti
34. Eu queria ser um monstro (2009), de Marão
35. The Masp Movie: O Filme do Masp (1986), de Hamilton Zini Jr., Salvador Messina e Sylvio Pinheiro
36. O Divino, De Repente (2009), de Fabio Yamaji
37. O Quebra Cabeça de Tarik (2015), de Maria Leite
38. Adeus (1988), de Céu D’Ellia
39. Ritos de Passagem (2012), de Chico Liberato
40. Quando os Dias Eram Eternos (2016), de Marcus Vinícius Vasconcelos
41. O Átomo Brincalhão (1964), de Roberto Miller
41. O Céu no Andar de Baixo (2010), de Leonardo Cata Preta
43. Vida Maria (2006), de Márcio Ramos
44. Josué e o pé de macaxeira (2009), de Diogo Viegas
45. Pudim de Morango (1978), de Ingrid, Rosane, Elizabeth e Helmuth Wagner
46. Furico e Fiofó (2011), de Fernando Miller
47. Graffiti Dança (2013), de Rodrigo EBA!
48. Rocky & Hudson, os Caubóis Gays (1994), de Otto Guerra
49. Jonas e Lisa (1994), de Daniel Schorr e Zabelle Côté
50. Balloons (2007), de Jonas Brandão
51. Calango Lengo – Morte e vida sem ver água (2008), de Fernando Miller
52. Passo (2007), de Alê Abreu
53. Tyger (2006), de Guilherme Marcondes
54. Faroeste: um autêntico western (2013), de Wesley Rodrigues
55. Noturno (1986), de Aída Queiroz
56. Tzubra Tzuma (1983), de Flavio del Carlo
57. Deu no Jornal (2005), de Yanko Del Pino
58. Yansan (2006), de Carlos Eduardo Nogueira
59. Casa de Máquinas (2007), de Daniel Herthel e Maria Leite
60. Hamlet (1975), de José Rubens Siqueira
61. Tempestade (2010), de Cesar Cabral
62. Ballet de Lissajous (1973), de Aluizio Arcela Jr. e José Mário Parrot
63. Até o Sol Raiá (2007), de Fernando Jorge e Leanndro Amorim
64. Os Anjos do Meio da Praça (2010), de Alê Camargo e Camila Carrossine
65. Vênus – Filó, a fadinha lésbica (2017), de Sávio Leite
66. Cabeça Papelão (2012), de Quiá Rodrigues
67. Balanços e Milkshakes (2010), de Erick Ricco e Fernando Mendes
68. Céu, inferno e outras partes do corpo (2011), de Rodrigo John
69. A Saga da Asa Branca (1979), de Lula Gonzaga
70. Caminho dos Gigantes (2016), de Alois Di Leo
71. O Ex-mágico (2016), de Maurício Nunes e Olímpio Costa
72. Abstrações: Estudos n°. 1 (1960), de Bassano Vaccarini e Rubens Francisco Lucchetti
73. AmigãoZão (2005), de Andrés Lieban
74. Castelos de Vento (1998), de Tania Anaya
75. Dia Estrelado (2011), de Nara Normande
76. Planeta Terra (1986), coletivo
77. Viagem na Chuva (2014), de Wesley Rodrigues
78. El Macho (1993), de Ennio Torresan Jr.
79. Quando os Morcegos se Calam (1986), de Fabio Lignini
80. Chifre de Camaleão (2000), de Marão
81. Faz Mal… 2: Super-Tição! (1984), de Stil
82. Aquarela (2003), de Andrés Lieban
83. Belowars (2008), de Paulo Munhoz
84. A Lasanha Assassina (2002), de Ale McHaddo
85. Cidade Fantasma (1999), de Lisandro Santos
86. Primeiro Movimento (2006), de Érica Valle
87. Peixonauta – Agente secreto da O.S.T.R.A. (2012), de Célia Catunda e Kiko Mistrorigo
88. História Antes de uma História (2012), de Wilson Lazaretti
89. Égun (2015), de Helder Quiroga
90. Campo Branco (1997), de Telmo Carvalho
91. Informística (1986), de Cesar Coelho
92. Fluxos (2014), de Diego Akel
93. Engolervilha (2003), coletivo
94. Juro que Vi (2003-2009), de Humberto Avelar e Sergio Glenes
95. Lúmen (2007), de William Salvador
96. Os 3 Porquinhos (2006), de Cláudio Roberto
97. Reflexos (1974), de Antônio Moreno e Stil
98. Linhas e Espirais (2009), de Diego Akel
99. Terminal (2003), de Leonardo Cadaval
100. Squich! (1992), de Flavio del Carlo
*Critérios de votação – A eleição das 100 melhores animações brasileiras é fruto de uma parceria da ABCA com a Abraccine. Num primeiro momento, a associação de animadores escolheu internamente os 100 trabalhos mais representativos de sua história, sem qualquer ordem de preferência no resultado final. Em seguida, a Abraccine montou uma comissão especial para incluir mais alguns títulos, ausentes na lista original, mas que pareciam importantes de serem considerados. A partir dessa lista de 115 títulos, os votantes escolheram os 50 melhores, em ordem de preferência. Os 100 mais bem posicionados compõem o ranking.