Aguinaldo Pereira: uma história de vida na Freeway

A trajetória de vida e profissional de Aguinaldo Pereira da Silva se confunde com a própria história da Freeway nos 28 anos de existência da empresa. Mineiro da cidade de Dores do Indaiá, Aguinaldo chegou a Franca com o pai para trabalhar em um sítio. Quatro meses depois veio o restante da família, mãe e cinco irmãos, todos para viver e trabalhar no sítio de José Rodrigues, o responsável pela nova fase que se anunciava.

Aguinaldo, pouco depois, iniciou sua carreira no mundo dos calçados, seguindo os passos do irmão mais velho. Corria o ano de 1991, Aguinaldo tinha 13 anos de idade e a mãe precisou pedir uma autorização especial do juiz para que ele pudesse trabalhar como aprendiz, uma vez que a idade mínima era de 14 anos.

Nesta entrevista, o atual diretor industrial da Freeway conta um pouco de sua intensa e rica experiência de aprendizado e desenvolvimento pessoal dentro da empresa.

Way: O que mais marcou em seus primeiros tempos na Freeway?

Aguinaldo: Comecei na Freeway quando ainda era TWA. Fui contratado como auxiliar de produção de calçados na função de passar cadarço e me lembro como se fosse hoje da dificuldade que tinha para executar o trabalho. Eu era muito retraído, tinha vergonha, porque até então só tinha vivido e trabalhado em fazenda. Mas havia algo mais forte que me dizia: preciso superar tudo isto. Foi a primeira barreira que consegui vencer. Mas tive ainda vários constrangimentos durante o aprendizado por ser muito garoto e por não ter a facilidade e a vivência dos colegas. Também me lembro que ia trabalhar de havaianas. Não tinha sapatos até receber meus primeiros salários e, depois disso, minha mãe comprou um tênis da marca Le Cheval, uma marca de sucesso nos anos 80 e 90. Pense em um adolescente feliz: era eu.

Way: Qual foi a importância de sua evolução profissional como garantia de entusiasmo e dedicação ao trabalho para os anos seguintes?

Aguinaldo: O mais importante é que em um curto tempo eu já estava me sentindo à vontade para trabalhar. Tinha mais facilidade para aprender e tomar gosto pela profissão. Assim foi em várias funções, adquirindo a confiança dos colegas e da chefia. Com o tempo eu já tinha passado por todas as operações de montagem e acabamento do calçado. Lembro bem de que quando dava o sinal para o fim do expediente eu ainda ficava praticando, até o gerente fechar a fábrica. Ele mesmo me levava de carona na garupa de sua lambreta. Quando eu já estava com 16 para 17 anos, fui convidado a ser o chefe da esteira de montagem e acabamento, o que me deixou extremamente feliz. Aí começou de verdade o desafio. Foi difícil para os colegas de trabalho aceitarem ser coordenados por um menino, mas, aos poucos fui conquistando o respeito de todos e ao mesmo tempo percebi que precisava voltar a estudar. Tinha parado no quinto ano do ensino fundamental, fiz supletivo cursando dois anos e finalizei o Ensino Médio. A minha faculdade fiz e faço na Freeway.

Way: Em que ponto de sua vida você pensou em deixar a Freeway e abrir seu próprio negócio?

Aguinaldo: Trabalhei até os 22 anos como chefe de esteira e fui promovido a gerente de produção, cargo que ocupei até os 30 anos. Nesse período tinha em mente o sonho de comprar um sítio para meu pai morar. Vendi um carro, comprei uma fabriqueta que já tinha alguns clientes e serviços encomendados. Contratei, então, uma pessoa para tocar o serviço enquanto eu ainda trabalhava como gerente na Freeway. Até que um belo dia tive que fazer uma escolha: seguir na Freeway ou tocar meu negócio. Foi difícil escolher, mas optei por seguir meu sonho.

Way: Como a direção da Freeway reagiu à sua decisão?

Aguinaldo: Fui chamado pelo Dr. Jânio Machado para conversar. Ele me perguntou o motivo de minha saída e contei para ele minha história e meu sonho. Fui convencido por ele de que, dentro da Freeway, com a segurança que a empresa oferecia, eu também poderia realizar o sonho. Foi o suficiente para eu refletir e resolver mudar de ideia. Com quase 31 anos fui convidado a assumir o cargo de diretor industrial, que ocupo até hoje. Foi mais um desafio, porém, há cinco anos consegui completar o sonho de comprar um sítio para o meu velho. Sempre com o respaldo da Freeway, constituí minha família, tive dois filhos e construí tudo o que tenho.

Way: Depois destes anos todos na empresa, quais são os diferenciais de sua vivência pessoal e profissional na Freeway que você levará para o resto da vida?

Aguinaldo: O respeito e a valorização do ser humano. A Freeway sempre trabalhou e investiu em seus valores e princípios – honestidade, ética e respeito. São valores que nos ensinam como cumprir compromissos sem deixar de ser uma empresa humanizada. São características que formam a personalidade da marca.

 

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