Que Miami transformou-se na capital latina das três Américas é uma dessas unanimidades difíceis de contra argumentar.
Em meados do século passado, quando ainda era um reduto turístico relativamente modesto para os próprios norte- americanos, que fugiam para o sul em busca de um melhor clima, começaram a chegar as correntes migratórias, encabeçadas, primeiro, pelos cubanos, depois, por nicaraguenses e porto-riquenhos.
Na sequência veio a invasão dos sul-americanos: colombianos, argentinos e, claro, brasileiros. O encontro de várias culturas latinas determinou a evolução social de toda aquela região da Flórida e o salto desenvolvimentista que se seguiu foi acompanhado por outro tipo de imigrantes, vindos da Europa e mesmo do Canadá.
O tom latino foi incrementado pelas presenças de espanhóis e portugueses. Hoje, 70% dos 2,5 milhões de habitantes de Miami são oficialmente residentes de língua hispânica, uma estatística que não inclui os que falam português. E Miami é a única cidade norte-americana onde a população de imigrantes supera o número de locais.
Diversidade social presente em Miami
O resultado desse mix social reflete em cheio na arte, nas atividades comerciais e na convivência em cidades como Miami, Miami Beach, Orlando ou Fort Lauderdale.
Na área do Condado de Miami Dade estima-se que vivam, por exemplo, mais de 2,5 milhões de cubanos (natos e descendentes), interagindo com núcleos de várias origens, do Caribe ao extremo sul das Américas.
O reflexo da presença latina não impacta apenas nas questões de consumo, na gastronomia e nas relações econômicas em geral. Trata-se de uma sociedade plural, caracterizada pela dinâmica entre costumes, cores, ritmos, sotaques e sabores, marcada, principalmente, por uma faceta que o visitante percebe assim que desembarca em Miami: a diversidade.